domingo, 24 de junho de 2012

Pão e circo!



Por mais que eu me esforce, não consigo entender. O nosso Estado é um dos que mais arrecada no Brasil. É dos que mais recebe retorno dos recursos que remete ao Governo Federal e tem uma população tida como politizada e, com certeza, trabalhadora e cumpridora de suas obrigações. Questiono: por que nosso rico Estado é o que menos aplica recursos na área de educação e saúde? O mínimo que deveria ser aplicado seria 25% e, por aqui, chega-se a 17,9% do orçamento aplicado em educação, a cálculos bem espichados. A Constituição Federal determina que o Estado deve aplicar no mínimo 12% na área da saúde, e nós, gaúchos, temos recebido do Governo do Estado menos da metade, pois apenas 5% tem sido aplicado nesta sensível área. Pergunto também: por qual motivo o RS tem os piores salários pagos aos seus policiais militares e civis e os menores recursos na área de segurança pública? Nossas polícias já vêm há alguns anos com menos da metade do efetivo necessário, o que nos coloca na contramão do crescimento populacional e dos índices de criminalidade que crescem a cada ano. A quem interessa manter um povo com uma educação claudicante, uma saúde à beira da morte e com a sensação de segurança frágil, o que resulta em incerteza da garantia de seus direitos de cidadão? Não nos adiantam apenas cartões de benefícios sociais ou eventos mirabolantes que sugam recursos homéricos em detrimento do socorro a uma população que precisa de ensino de qualidade, atendimento digno na hora da doença, ir e vir de suas casas na certeza de estar seguro, além de um trabalho digno que lhe dê autonomia e liberdade de poder escolher por quem será governado. A pão e circo, nossos governantes vêm escravizando o povo, que não percebe que é possível e necessário ser livre.Tenente Soares
tenentesoares.blogspot.com soares@brigadamilitar.rs.gov.br


Publicado no Jornal "O Lourenciano" em 13 de junho de 2012.

Um comentário:

  1. Eu há muito tempo vinha falando que vivemos um comunismo camuflado. Temos que estar atentos para não virar escravidão camuflada.

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