A lei da oferta e da
procura das drogas
Observa-se em
todo nosso País, o avanço devastador das drogas, e para que não sejamos amplos
a termo de perdermos a perfeita noção do que trataremos, tomemos por ponto de
análise nossa próspera e cada vez mais linda cidade.
Há alguns
anos, não muitos, pois na contagem de tempo de uma geração, 20,30 ou 40 anos
não é nada, ouvia-se com muito espanto que o fulano ou o sicrano tinha sido
preso pela Brigada por estar fumando maconha. As mães, lembram delas, aquelas
que oram, orientavam seus filhos que ao saírem à rua para se divertirem, não se
misturassem com gente que não prestava, que não aceitassem balas de estranhos e
fundamentalmente, que não bebessem do copo dos outros, pois ali poderia haver
“boleta”. Pois o tempo passou, a boleta caiu no desuso, daí o fulano e o
sicrano, não poderiam mais ser nominados, pois haviam se multiplicado, as
drogas em diminuta quantidade eram trazidas por um que outro que costumeiramente
eram presos, tirava algum tempo na cadeia, tomava umas borrachadas dos
“Brigadianos”. Não eram eles que batiam, era a Lei, mas agora a Lei não permite
que se dê uns conselhos, a ação do Estado passa a ser de responsabilidade
apenas do agente, as drogas tomaram outras formas e outros nomes, os
traficantes perderam seus status, pois agora são tantos, e em qualquer classe
social.
No sec XVI,
Adam Smith e David Ricardo, defendiam a teoria de que enquanto houvesse a
procura de determinada mercadoria, esta, existiria no mercado e enquanto a
busca desta aumentasse, maior seria sua valorização, produção e consumo. Com as
drogas não é diferente, a maconha, a cocaína, o Crack entre outras, existem,
porque de igual forma existem as pessoas que as consomem. Vejam se aqui em São Lourenço do Sul,
não existisse pessoas de bem, outras nem tanto que consumissem drogas, não
haveria o tráfico, não haveria o traficante, e em contrapartida os órgãos de
segurança existiriam apenas para simplesmente garantir de uma forma preventiva
a segurança dos cidadãos. Mas não, a Brigada Militar e a Polícia Civil, tem
dedicado esforços valiosíssimos no afã de tirar de circulação os traficantes,
aqueles que vendem a mercadoria.
Mas aqueles
que consomem? Já que consumir entorpecentes, de uma forma opaca foi
descriminalizado pelo nosso Congresso Nacional, eles estão aí, dentro de nossas
casas, são nossos parentes, nossos vizinhos. A quem cabe solucionar este ponto
da questão, quem são os responsáveis pela existência dos consumidores de
drogas? Se o sistema de educação falha,
se as religiões falham, se as famílias falham, se uma sociedade inteira se
cala, não é justo que se queira simplesmente responsabilizar a Polícia nessa
árdua missão.
Façamos a
nossa parte, cada um faça a sua, dê exemplos positivos a seus filhos, cobrem
atitudes e objetivos, acompanhem o crescimento intelectual, social e moral de
toda sua família, inclusive a sua, mostre em casa e em todos seus momentos, que
uma sociedade para ser organizada, livre e pacífica, sim, se faz necessário que
alguém mande e alguém obedeça, recebendo exemplos e carinho.
Não tenham
medo de ser verdadeiros pais, nossos pais não tiveram, nos deram carinho, nos
deram exemplos, nos responsabilizaram quando necessário. Na onda de serem
politicamente corretos, alguns pais estão sendo apenas amigos, e as vezes nem
isso e não verdadeiros pais. Nossos jovens precisam de seus pais, de regras, de
carinho e de orientação, pois diferente disso, estarão a mercê do que nas ruas
encontrarem. Tenente Soares. tenentesoares.blogspot.com - soares@brigadamilitar.rs.gov.br
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