A luz que nos falta

A luz que nos falta

Todos lembram o que viveu nossa cidade os episódios resultantes do apagão histórico vivido por  nós Lourencianos. Tirando os prejuízos que cada um contabilizou, com alimentos perdidos, equipamentos queimados, contas atrasadas, negócios desfeitos, traumas pela escuridão, tivemos, pasmem, momentos de alegria que somente um “Black out” como o ocorrido poderia nos proporcionar.

Tirando o banho, que alguns na desculpa da falta de energia elétrica deixaram de tomar por longos 04 dias, a falta de luz fez com que a maneira antiga das famílias se relacionarem fosse redescoberta.

Cedo, toda a família se reunia na frente de suas casas, até que o sol se recolhesse para seu descanso merecido, numa conversa que a muito não tinham, trocando suas experiências vividas naquele dia sem tecnologias, já que o dia-a-dia teve que ser readaptado aos tempos antigos, quando não havia energia elétrica.

As velas passaram a iluminar e dar seu toque entre romântico e melancólico que a penumbra possui, os velhos lampiões a gás e a querosene foram tirados do baú, o jantar passou a ser servido cedo, o café teve que ser passado e coado, o leite teve que ser fervido na caneca, cedo as pessoas iam para a cama, bem cedo estavam alertas para mais um dia de adaptações, espera, longas conversas e conhecimento de um mundo quase esquecido, o da família unida para conversar, sem TV, sem internet, apenas com o olho no olho e emoções divididas.

Naqueles hidráulicos, devido ao excesso de chuvas, a mesma natureza que dá, tira, pois a Prefeitura Municipal, após árduo trabalho de recomposição do calçadão da praia, o qual foi destruído pelas ondas, novamente foi, agora de forma mais ampla, tomado pelas águas, com prejuízos de grande monta para a nossa sempre atenta Secretaria de Obras.

Fica como sugestão que no trecho da Avenida Getúlio Vargas, entre Borges de Medeiros e Silveira Martins, onde há duas vias, devido a existência de uma figueira no meio da Rua, seja transformado em uma única via pela parte oposta da Lagoa, deixando a parte interna para que a praia daquele local seja ampliada e a Natureza retome seu espaço que há muito demonstra fazê-lo.

  Por fim, quero aqui parabenizar o excelente trabalho que está sendo feito a longo tempo pela Brigada Militar com a Polícia Civil e Polícia Federal no combate forte e implacável contra o tráfico de entorpecentes em nossa cidade, muitos traficantes já estão presos, outros em breve o serão, mas como em qualquer atividade comercial, se há quem venda, é porque há quem compre e consome, ai a tarefa é repassada às famílias, na educação de seus filhos, para que os jovens se afastem das drogas e busques nos livros a resposta de seus anseios. Tenente Soares

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